A identificação correta do paciente antes de administrar a medicação é um dos “9 certos da administração de medicamentos”. Visando aumentar a segurança do paciente, esse procedimento ajuda a equipe de enfermagem a realizar um breve check-list antes de administrar uma medicação ao paciente.
Com os S-RES (sistemas de registro eletrônico em saúde) cada mais presentes em todas as rotinas de uma instituição de saúde, esse procedimento atualmente é apoiado pelo chamado “Checagem Beira Leito”. A checagem beira leito visa apoiar a equipe de enfermagem, tornando o procedimento ágil e seguro. E para isso, um recurso simples e presente no nosso dia a dia é fundamental: etiquetas. De tão simples e onipresente chegamos a não perceber a importância dela. Ela está presente em diversos lugares: bancos, supermercados, lojas, festas, transporte de encomendas, hospitais, clínicas, etc. Claro, sozinha ela não faz nenhuma diferença, mas quando identifica um paciente, um frasco de medicamento com seu lote e validade, uma bolsa com o paciente e medicamento/dose contidos, ajuda a aumentar a segurança do paciente.
Além do conteúdo impresso numa etiqueta, o processo no qual ela é utilizada deve estar adaptado para aproveitar todo o seu potencial. Nesse sentido, é importante a etiqueta conter informações que possam ser utilizados por um sistema de computador – e é aí que entra a importância dos códigos de barras. Informações escritas são úteis para humanos conseguirem ler e avaliar seu conteúdo, no entanto para computadores códigos de barra são mais práticos de serem utilizados.
Os códigos de barras podem ser divididos em dois grandes tipos: unidimensionais e bidimensionais.
Os códigos de barras unidimensionais (lineares ou 1D) são apresentados através de barras verticais, que conforme o padrão utilizado podem sofrer variação tanto na espessura quanto na apresentação do código – como podemos ver na imagem abaixo. É o tipo de código de barras mais utilizado atualmente, no entanto uma limitação de uso é a capacidade de armazenamento que varia de 12 à 20 caracteres. No Brasil o padrão mais adotado é o EAN13.
Já nos códigos de barras bidimensionais (ou 2D) os dados estão armazenados em linhas e colunas, portanto podem ser lidos em qualquer posição e em alguns casos até parcialmente danificado, pois possui um sistema de redundância (até 40%) de informação, totalmente configurável. A grande vantagem deste código, em relação ao linear, é justamente a capacidade de armazenamento de dados, que permite o acesso às informações diretamente pelo leitor do código. Em termos de capacidade, o padrão QRCode pode conter até 4096 caracteres. Os padrões mais utilizados são o QRCode e o Datamatrix. Para esse tipo de etiqueta, é necessário a utilização de leitores de códigos de barras bidimensionais, que possuem um custo de aquisição maior que os leitores tradicionais de códigos de barras unidimensionais – mas como veremos abaixo o retorno do investimento virá em forma de agilidade e segurança no atendimento do paciente.
Buscando aproveitar esses benefícios, os três principais tipos de etiquetas geradas pelo Gemed Onco possuem códigos de barras bidimensionais, mais especificamente do padrão QRCode. Além disso, o Gemed Oncologia também consegue ler o padrão GS1 Datamatrix, o qual já está sendo utilizado por alguns laboratórios cujos medicamentos já saem de fábrica com informações do medicamento/apresentação, lote e validade num código Datamatrix impressos no frasco ou embalagem.
Veja como essas etiquetas e códigos de barras bidimensionais são utilizados pelo Gemed Oncologia:
· Etiqueta/pulseira de identificação do paciente: além das informações de identificação do paciente legíveis por um humano, o QRCode possui informações de identificação do paciente e validade de uso da pulseira correspondente;
· Etiqueta de medicamentos e materiais: identifica o material de enfermagem ou medicamento e sua apresentação, além de conter informação do fabricante, número do lote e validade;
· Rótulo de bolsa de medicamento: identifica o item da prescrição e o paciente correspondente, possibilitando a consulta dos componentes manipulados e contidos na bolsa de medicamento.
Com o apoio dessas etiquetas, diversos processos do Gemed Oncologia se tornam mais ágeis e seguros do que o seu equivalente processo manual. Por exemplo, o processo de checagem da medicação a ser administrada ao paciente, fica muito mais ágil e seguro utilizando o leitor de código de barras e “bipando” as etiquetas de identificação do paciente e dos medicamentos. Como o Gemed utiliza códigos de barras bidimensionais, ao bipar um medicamento, o lote e validade também são informados, não exigindo que o usuário tenha que selecionar manualmente o lote correto.
Outros processos, como de checagem beira leito da medicação a ser infundida no paciente, também se beneficia das etiquetas e códigos de barras bidimensionais. No caso, a pulseira do paciente é bipada e em seguida o rótulo da bolsa de medicamento a ser administrada – neste momento nosso aplicativo valida as informações e verifica se a medicação será administrada no paciente correto, assim como a ordem de administração conforme a prescrição médica. Leia mais informações no post especial desse recurso clicando aqui.
Processos rotineiros também se beneficiam, como o inventário de estoque. O usuário pode utilizar nosso aplicativo que realiza a leitura dos códigos de barras bidimensionais dos medicamentos e materiais, com isso fazendo a contagem por lote e validade. O processo se torna mais ágil, e o resultado é mais confiável pois evita erros de digitação.
Novas tecnologias são desenvolvidas atualmente, muitas delas nos trazendo uma antecipação de um futuro melhor. No entanto, o grande desafio é a adoção no nosso dia a dia – pois no final das contas elas devem facilitar nossas rotinas e melhorar nossa qualidade de vida.